O paradoxo entre Risco e Paixão
- Rogério Telmo
- 9 de jul. de 2024
- 3 min de leitura

Olá, amigos e colegas,
Hoje, quero compartilhar com vocês uma história que, para mim, é um verdadeiro paradoxo entre risco e paixão. Meu nome é Rogério Telmo, e sou engenheiro de segurança do trabalho há 24 anos. Durante minha carreira, presenciei inúmeras situações de risco de acidentes, mas, paradoxalmente, sou um amante do motociclismo.
Desde jovem, sempre fui fascinado por motocicletas. E o principal “culpado” por me despertar esta paixão enquanto adolescente, foi meu tio Moacir, que me ensinou a pilotar bem antes dos 18 anos! Na época que nem capacete era exigido para andar de moto, pelo menos na minha cidade.
Para quem nunca pilotou uma moto, eu digo que a sensação de liberdade, o vento no rosto e o ronco do motor é algo apaixonante. No entanto, minha jornada profissional me levou a um caminho onde a segurança e a prevenção de acidentes são primordiais. Trabalhei em diversas empresas de grande porte, indústrias multinacionais, sempre com um objetivo em mente: trabalhar pela segurança e o bem-estar dos trabalhadores.
Foi durante esses anos de trabalho que aprendi sobre o verdadeiro impacto dos riscos ocupacionais. O ruído ensurdecedor das máquinas, a exposição a substâncias perigosas e a constante ameaça de acidentes me fizeram entender a importância de trabalharmos na prevenção. Hoje, cada vez que eu subo na minha Harley Davidson de 1200 cilindradas, e escuto aquele barulho do motor potente, que é uma melodia que representa liberdade, paixão e vida, me desperta, também, um sentimento de necessidade de atenção e cuidado, que devo ter comigo e com os demais que estarão inseridos no mesmo contexto que eu.
Minha paixão por motocicletas nunca diminuiu, porém fiquei alguns anos sem moto, com questionamentos que me cercavam quanto a uma possível incoerência entre trabalhar com prevenção e estar exposto ao risco de acidente, por ser um motociclista. Mas é possível produzir aço sem ter um forno elétrico que pode explodir se tiver alguma falha no processo? É possível conformar um pneu de caminhão sem ter uma vulcanizadora? É possível construir uma carreta rodoviária sem ter uma ponte rolante? Tudo é possível fazer, desde que com segurança!
Enfim encontrei um equilíbrio entre esses dois mundos ao adotar uma abordagem meticulosa e responsável em cada aspecto do meu motociclismo, que aprendi lá nos anos 80 com meu Tio Moacir. Manutenção rigorosa, uso de equipamentos de proteção, atenção às condições da estrada e respeito às leis de trânsito tornaram-se protocolos de pilotagem inegociáveis, assim como riscos críticos nas empresas em que trabalhei.
Hoje, ao olhar para minha Harley Davidson, vejo mais do que uma máquina. Vejo um símbolo de equilíbrio entre risco e paixão. A Harley representa a liberdade e a emoção que o motociclismo traz, enquanto minha carreira como engenheiro de segurança me lembra da importância de proteger e cuidar daqueles ao meu redor. O barulho da Harley é, para mim, uma sinfonia de liberdade, mas nunca esqueço que, em um ambiente de trabalho, o ruído pode ser prejudicial à saúde.
Minha jornada me ensinou que é possível amar algo que, à primeira vista, parece contradizer tudo o que defendemos. A paixão pelo motociclismo e a dedicação à segurança do trabalho podem coexistir, desde que haja equilíbrio e responsabilidade.
E, ao final do dia, quando ligo o motor da minha Harley e ouço aquele som inconfundível, sei que estou vivendo plenamente, com responsabilidade e paixão.
Ahh e antes de terminar: “Tio Moacir, obrigado por me ensinar a paixão pelo motociclismo com responsabilidade!”.
Grande abraço,
Sou Rogério Telmo, pai do Matheus, motociclista, engenheiro, gestor de SSMA, mentor e CEO do SSMA EM PAUTA, convido pessoas para conversas leves, importantes e instigantes.
Esta newsletter é mais um canal de comunicação do SSMA EM PAUTA, no qual podemos trocar experiências e aprendermos juntos. Vem com a gente!!
.png)



Comentários